Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem 71.525 hectares demarcados e parte do território de 3 municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais.
A área reúne basicamente dois maciços: a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com o vale dos Cândidos no meio. As altitudes variam entre 900 e 1.496 (torre da Serra Brava) e a vegetação predominante são os campos rupestres, com manchas de cerrado e matas ciliares.
O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras com altura acima dos 100 metros.
As características do relevo e da vegetação favorecem também a observação de animais selvagens, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro.
As temperaturas são amenas. A média fica em torno de 17 graus no inverno e 23 graus no verão. O índice pluviométrico anual varia entre 1.300 e 1.700 mm, com a maior parte das chuvas concentrada no período de dezembro a fevereiro.
O grande objetivo da criação do Parque foi a proteção das nascentes do rio São Francisco, o curso d’água mais conhecido que brota no imenso chapadão em forma de baú ou canastra. A Serra da Canastra é uma espécie de berçário de rios situado bem no divisor de duas bacias hidrográficas: a do rio Paraná e a do rio São Francisco. Da bacia do Paraná, um dos rios mais conhecidos que nascem no chapadão é o Araguari, também chamado de Rio das Velhas na parte inicial. Foi às margens dele que no século 18 surgiu o garimpo de ouro que deu origem à histórica vila de Desemboque, marco de toda a ocupação do Brasil Central.
A área originalmente prevista para o Parque Nacional era muito maior: mais de 200 mil hectares, como consta do Decreto número 70.355, de 3 de abril de 1972 e incluía toda a região da Serra da Babilônia. A área foi reduzida devido ao custo das desapropriações, mas agora está sendo objeto de uma revisão que o iniciou em 2001.
Outros dois decretos que complementavam a criação do Parque, um deles reduzindo a área para pouco mais de 100 mil hectares, foram revogados em 1991. Com isso, embora por enquanto somente no papel, o que está valendo é o decreto original, com a área de 200 mil hectares (ver abaixo: Legislação/Parque Nacional). A Ampliação do Parque está sendo analisada no Congresso Nacional, pois acarreta uma série de mudanças sócio-econômicas para a população local. Um Plano de Manejo* foi publicado pelo Ibama no início de 2005 e prevê a desapropriação de cerca de 130mil hectares, mas a legalidade desta desapropriação está sendo questionada pelos proprietários de terra da região. Veja o mapa com a área da futura ampliação.